segunda-feira, 22 de junho de 2009

O "tempo" nosso de cada dia!

Por Clarisse Colombo

Já dizia a música de Lulu Santos nos anos 80: “Hoje o tempo voa, amor. Escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir (...)”. Mas, tenho certeza que o tempo não se esvaía tanto assim naquela época como o tempo de hoje. A sensação, dos nossos atuais anos 2.000, é de que as 24h são apenas 12h, ou até menos.

Vem dizer se tudo aquilo que programamos pra fazer no dia seguinte conseguimos realizar? Olha... acho que nem mais o Super-Homem conseguiria dividir seu tempo e cumprir com todas suas tarefas diárias. Juro que tento me organizar e, como antiga escoteira, fazer da melhor forma possível. Mas não rola! Muitas vezes empaca com a ajudinha da famosa “Lei de Murph”.

As promessas que fiz no ano novo foram entregues pro Cosmos e lá devem estar tomando um cházinho até agora. Necas de entrar numa academia, necas de arrumar meu guarda-roupa, necas de ir atrás de um emprego na minha área (só freela, por enquanto)... enfim, necas de pitibiriba!!!!!! O que me conforta é saber que não estou sozinha nessa busca por um tempo a mais.

Não, eu não quero uma casa no campo! Prefiro o vuco-vuco da cidade grande. Só queria achar uma fórmula pra poder escrever, ir à academia, no super-mercado, na aula da pós, cuidar dos cachorros, fazer coisas de banco e ainda tomar um chimarrão com amigos.

Porém, já tentei realizar essa soma. O resultado foi estresse, blusa suada e muita fúria por não cumprir a outra metade do estipulado. Então, aproveito este espaço pra descarregar a minha insatisfação com o “tempo nosso de cada dia” e pedir pra uma alma caridosa dar uma solução não só para mim, mas pra população em geral. Alguém aí conhece uma receita?

Acredito que a receita da vovó poderia ser válida nesse aspecto: sentar na frente de casa, pôr a prosa em dia e ainda ver as crianças brincarem de pula - amarelinha no meio da rua. Mas, como eu disse; poderia! Quem hoje tem espaço na agenda pra, no final do dia, fazer isso na porta da residência, ou melhor, que espaço terão as crianças para brincar no meio da rua? Ai, ai, ai! Estou começando a repensar sobre a casa no campo...

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