domingo, 7 de junho de 2009

Era uma vez

Por Renata Bernardino

Toda viagens são repletas de histórias. Umas tristes, outras alegres, umas que nos emputecem, mas depois nos fazem rir, enfim. No meu caso, as situações mais legais aconteceram nos acampamentos.

O carnaval de 2008, além de molhado foi divertido. Meu tio, que estava de carona comigo, me acordou as duas da matina. Passamos na casa da minha outra tia e fomos todos rumo ao posto “saco morto” encontrar com outros amigos. O resto do pessoal marcou com a gente na estrada.

Conversamos sobre onde ficar por mais de meia hora e nada. Resolvemos cair na serra rumo à Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Quando chegamos fomos tomar café numa padoca. Compramos achocolatado e margarina, que todos gostavam e haviam esquecido!

Fomos visitar um rancho, com espaço para campismo, que uma amiga queria ficar. Ela estava muito traumatizada com o banheiro do último camping. O lugar é muito bonito, tem piscinas naturais, local para pesca e um banheiro magnífico, parecia de clube! A maioria não queria ficar lá, mas optamos em fazer a vontade da nossa amiga, pois várias vezes ela ficou no outro camping para nos agradar.

A chuva não deu trégua. Só jogávamos baralho e fazíamos churrasco, tinha um peixe embrulhado na folha de bananeira que estava divino. Fomos tomar chuva no cantão da Praia Vermelha. Voltamos pro rancho. Chuva, chuva, chuva, buraco, chuva, chuva, chuva.

Me acordaram no terceiro dia loucos para voltarem para casa. Fiquei chateada, mas topei. Era uma lamaceira que não acabava mais. Tinha barro até nas camisetas. Nunca foi tão demorado desmontar um acampamento.

Quando o cansaço chega você nem se preocupa em arrumar tudo direitinho, começa a socar as coisas em qualquer buraco. Nessas minha tia vira para mim e fala: “Rê, porque você guarda um pote de margarina vazio no seu porta treco?”. Eu fiquei sem entender nada “pote de margarina?!”. Quando fui ver o tal pote, que estava guardado no lado do passageiro, ainda tinha aquele papel que retiramos quando vamos começar a comer a margarina.

Na hora falei “fudeu!”. Era o pote de margarina que compramos na padoca. Já estava puta em pensar na meleira que estaria o porta treco. Quando fomos ver estava tudo seco! Os papéis que eu jogava lá, porque no porta treco do meu lado sempre tem uma garrafa de água, absorveram toda a margarina. Foi muita sorte. Minha tia só se deu conta que foi ela quem guardou uma margarina lá quando eu disse se ela lembrava que tinha comprado e comido. Sei que caímos na risada e ninguém comeu margarina!

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