sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ai que saudade de Ubatuba

Por Renata Bernardino

Uma das coisas que mais gosto de fazer é viajar. Conhecer novos lugares e histórias. A peculiaridade do local e das pessoas que lá vivem. Amo pegar minha mochila e sair sem rumo. Tiro foto até da formiga no galho de árvore. Pode parecer idiota, mas para mim tem um significado, são pequenos detalhes que configuram o quadro, a história de cada local.

Assim como a pata de um cão marca o cimento molhado, nossas pegadas são registradas onde passamos. É uma relação de reciprocidade. Marcamos o local assim como ele faz com a gente. São as paisagens maravilhosas. As lendas contadas com tanta vida pelas pessoas que lá vivem. A energia, nossa, é só ficar em silêncio e sentir um amontoado de vibrações ao seu redor.

Já fiz viagens legais. Mas existe uma que foi simplesmente maravilhosa! Foi a virada de ano de 2007 para 2008. Depois de um natal um tanto quanto traumático em Cananéia (posso contar a história para vocês depois) voltei pra Sampa no dia 25 no ônibus das seis da manhã. Dormi como um anjo da viagem toda. Cheguei em casa. Peguei o carro e fui comprar o resto das coisas que faltavam para ir acampar no dia seguinte.

Meu primo e eu baixamos o banco traseiro do meu antigo uninho. Cara, não sei como coube tanta coisa naquele carro. Cobrimos tudo com o edredom para não ficar chacoalhando demais. Nos encontramos com nossos queridos amigos em um posto de alimentação na via Dutra, o “saco morto”. Pegamos a serra. Gente, cada paisagem que parecia pintura!

Chegamos em Itamambuca, Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Montamos os dois gazebos e as três barracas. Ligamos a geladeira. Abastecemos as barracas com papel higiênico. Estendemos o varal. Montamos a mesa. Depois de tudo pronto resolvemos ir à praia. Já eram umas cinco da tarde quando pegamos a barquinha para atravessar o rio Itamambuca.

Pegamos a pequena trilha que dá acesso à estrada. Nunca me arrependi tanto de ter ido pra praia sem chinelo! Foram, aproximadamente, dois quilômetros pisando em pedrinhas. Fomos até o final da praia, onde o rio e o mar se encontram. Quando vi aquele lugar entrei em êxtase. Nunca senti tantas vibrações positivas juntas. A água gelada do rio se mesclava com a quente do mar que nos empurrava contra a corrente. Uma sensação inexplicável.

Nunca usei tanto minha mochila como naqueles 14 dias. Fomos para várias praias da região, como a do Fênix e o Cantão da Vermelha. Mas o melhor dia de todos foi quando fomos para Angra dos Reis. É gente, saímos de Ubatuba para conhecer a usina em Angra. Como já estávamos lá não custava nada ir para uma praia. Nunca rodamos tanto para ter acesso a uma praia. Mas quando conseguimos valeu a pena. Apesar da ladeira enorme que tivemos que enfrentar na volta, a praia da Ribeira tinha o mar sereno e a água quentinha. Uma igreja antiga em ruínas dava um charme ao local.

Paramos para comer em um restaurante na beira da estrada. O bom é que eles davam Off pra gente tomar banho, porque os pernilongos estavam mais famintos do que nós. Para encerrar o dia fomos tomar banho de cachoeira. A cachoeira Promirim. A mais linda que já vi! Vários níveis de queda d´água. Lógico que nos enfiamos na trilha e fomos até o mais baixo. Só de sentar na pedra e ouvir o cair da água eu já estava relaxada. Não resisti e entrei na água gelada. Dormi maravilhosamente bem, como sempre quando acampo. Nunca foi tão duro voltar pra São Paulo.
Praia de Itmambuca - onde o mar e o rio se encontram
Abaixo a cachoeira Promirim

2 comentários:

  1. Lindas fotos, Rê!!!!

    Que delícia viajaaaaaaar!!!!!! :)

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  2. Tambem amo Ubatuba. Hoje sai pela internet a busca de Saudade de Ubatuba. Vc foi bem aventureira isso é gostoso. Repito novamente ai que saudade Ubatuba, das matas verdes, tudo é maravilhoso.

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