quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Atenção, esse estepe está sendo roubado!"

Geralmente, só lembramos do estepe quando algum pneu fura. Às vezes os anjos da guarda são mais poderosos que a lei de Murphy. Digo isso, pois tenho duas histórias que demonstram perfeitamente o caso.

Um belo dia, não sei se era tão belo assim, minha mãe pediu meu carro emprestado. Disse que tudo bem, mas que precisava abastecer. Como de costume, mandou ver a água e óleo. Eis que o frentista vem com a novidade “senhora, roubaram seu estepe”.

Quando ela me contou já queria algumas respostas do lead: como, quando onde? Tratei de comprar um estepe pra não dar chances pro Murphy me pegar desprevenida, e um “trava estepe”. Agora só destrava com uma espécie de chave que, por garantia, fica dentro da bolsa, pois tenho receio de deixar no carro, afinal, só Deus e os ladrões sabem onde foi roubado.

Dias depois recebo uma ligação do meu primo que queria saber onde comprar o trava estepe. Perguntei o motivo e ele disse que o estepe dele também havia sido roubado. Desta vez os ladrões foram mais legais, deixaram um estepe, caindo aos pedaços, no local. Achei cômico eles terem colocado outro! Fato é que também teve que comprar outro estepe e colocado a trava.

Aposto que assim que possível você vai conferir seu estepe!

domingo, 27 de setembro de 2009

O homem cria condições que ele mesmo não utiliza

Reflexões sobre a evolução tecnológica!

McLuhan afirma que os meios são extensão do homem. Baseado nesse conceito, é possível afirmar que o homem é que evoluiu, sendo a evolução tecnológica uma conseqüência do avanço humano.

blig.ig.com.br
Entretanto, o homem ainda não aprendeu a usar, em seu próprio benefício, as inovações que vieram com tanta tecnologia, sobretudo na comunicação. E os que acham que os meios tradicionais são obsoletos não enxergam algumas facetas obscuras dos meios em geral.

Deve-se ressaltar que a mídia tradicional tem a capacidade de ser tão interativa quanto aos novos meios, mas seu potencial também é subaproveitado. Um programa de rádio ou televisão, por exemplo, pode ser interativo, sim. Os meios impressos também. A grande questão é saber se os detentores dos meios querem ser tão interativos.

Afirmar de modo categórico que a Internet trouxe tal interatividade também pode ser um equívoco. Até que ponto se pode afirmar que uma mídia é democrática se, em muitos dos fóruns que existem, as mensagens do internauta serão avaliadas antes de sua publicação?

Os conteúdos também podem “subir” às páginas de modo a privilegiar determinados pontos de vista, em detrimento de outros. Falar sobre participação e meios de comunicação é um pouco complicado no Brasil. Basta estudar a história da Comunicação aqui.

Entre mortos e feridos, é inegável que, acima de todos os outros, a Internet é o meio que pode propiciar maior participação, gestão democrática dos conteúdos e discussão sobre os rumos a serem tomados, o que não significa que já o seja hoje. É preciso avançar mais.

domingo, 20 de setembro de 2009

M E R D A, nem o Aurélio definiu tão bem

(Recebido por email)
A palavra mais rica da língua portuguesa é a palavra MERDA.
Esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um coringa da língua portuguesa.

Vejam os exemplos a seguir:

1) Como indicação geográfica 1: Onde fica essa MERDA?

2) Como indicação geográfica 2: Vá a MERDA!

3) Como indicação geográfica 3: 17:00h - vou embora dessa MERDA.

4) Como substantivo qualificativo: Você é um MERDA!

5) Como auxiliar quantitativo: Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!

6) Como indicador de especialização profissional: Ele só faz MERDA.

7) Como indicativo de MBA: Ele faz muita MERDA.

8) Como sinônimo de covarde: Seu MERDA!

9) Como questionamento dirigido: Fez MERDA, né?

10) Como indicador visual: Não se enxerga MERDA nenhuma!
11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido: Por que você não vai a MERDA?

12) Como especulação de conhecimento e surpresa: Que MERDA é essa?

13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo: Ele está na MERDA...

14) Como indicador de ressentimento natalino: Não ganhei MERDA nenhuma de presente!
15) Como indicador de admiração: Puta MERDA!

16) Como indicador de rejeição: Puta MERDA!

17) Como indicador de espécie: O que esse MERDA pensa que é?
18) Como indicador de continuidade: Tô na mesma MERDA de sempre.

19) Como indicador de desordem: Tá tudo uma MERDA!
20) Como constatação científica dos resultados da alquimia: Tudo o que ele toca vira MERDA!

21) Como resultado aplicativo: Deu MERDA.
22) Como indicador de performance esportiva: O Corinthians não está jogando MERDA nenhuma!!!

23) Como constatação negativa: Que MERDA!
24) Como classificação literária: Êita textinho de MERDA!!!

25) Como qualificação de governo: O governo Lula só faz MERDA!
26) Como situação de 'orgulho/metidez' : Ela se acha e não tem 'MERDA NENHUMA!'

E A ÚLTIMA E MAIS CLARA APLICAÇÃO....

27) Como indicativo de ocupação: Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tem alguém ai?

Oi...
Alguém me ouve?
Onde estou? Quem sou eu?
Perguntas ecoam em minha mente
Será que alguém entende?
Todos sentem as dores da alma
É a união da beleza e fragilidade
Será que todos entendem?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O brilho do Gran Torino

Chega a ser cômico o péssimo humor de Walt Kowalski (Clint Eastwood). Só falta ele dizer “bom dia o caralho!”, mas: bicha, marica, saia do meu gramado e não me chame de Walt; são algumas falas clássicas. Ele interpreta uma americano 100% nacionalista, fato que não observamos em alguns outros filmes que Wood dirigiu como, por exemplo, A conquista da honra.

Mais que um carro, o Gran Torino, torna-se praticamente um ser vivo no filme. “Todos querem meu carro”, disse o personagem de Clint em determinada cena. A trama esquenta quando seu vizinho tenta roubar um carro para entrar em uma gangue para ser protegido. A tentativa não foi bem sucedida.

Kowalski aumenta a proteção da garagem, limpa o Torino, deixa ele estacionado na calçada para todos verem o carro, inclusive ele, enquanto está na varanda sentado em sua cadeira regado à cerveja, cigarro e na companhia da sua cachorra. Varandas sempre me lembram filmes norte americanos.

Um sujeito imponente cuja família é interesseira. Foi fantástico quando ele mandou o filho e a nora embora com os presentes de aniversário depois que eles começaram a exibir folhetos de “colônias” para idosos. No decorrer da história nota-se que Walt não é tão marrento. Ele quebra seus próprios preconceitos, passa a livrar-se de suas culpas, faz coisas que nunca fez. Dos dois lados da câmera Clint Eastwood fez um trabalho sensacional.

Confira os dados do filme:

Sinopse:
O funcionário aposentado da indústria automotiva Walt Kowalski (Clint Eastwood) é um veterano da Guerra da Coréia. Ele preenche seus dias fazendo consertos em casa, tomando cerveja e com visitas mensais ao barbeiro. Inflexível e com determinação inabalável, vive num mundo em transformação e se vê forçado pelos vizinhos imigrantes - que acabam de se mudar, vindos do Laos - a confrontar seus próprios preconceitos.
http://www.interfilmes.com/filme_20830_Gran.Torino-(Gran.Torino).html

Ficha técnica:
- Titulo original: Gran Torino
- Gênero: drama
- Direção: Clint Eastwood
- Roteiro: Dave Johannson e Ninck Schenk
- Ano: 2008
- Tempo: 116min

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência do Quê?!

Foto: familycourtchronicles.com
O Brasil comemora mais um ano de independência. Mas do quê? Ou de quem? Em quase 190 anos de governo independente, não conseguimos nos libertar da servidão da desigualdade, exacerbada nos grandes centros.

Ainda somos uma república de bananas, que não investe o suficiente na educação de base e que no topo deixa seus cérebros imigrar para países como o Canadá.

Não existe independência na saúde. O serviço público é um caos, mas os serviços particulares deixam a desejar também. Isso sem falar da segurança pública, que sofre um processo oculto de privatização. A maior parte das empresas de segurança tem como proprietários os coronéis das PM's de todo o Brasil. Claro, estão registradas em nome de laranjas.

As grandes fusões bancárias servem aos interesses de poucos. Concentram o crédito e caracterizam um cartel sem escrúpulos dos quais o setor (realmente) produtivo fica refém. Para que serve o CADE? Cadê o CADE?! Deviam ir para a CADEia junto com os banqueiros.

Além disso, temos a multiplicação das inverdades se proliferando na grande mídia. O jornalismo serve apenas aos interesses dos poderosos. Seu caráter funcionalista pinta com as cores do país do futuro uma nação que só se vê nas telas de TV.

Existem dois Brasis. Um que é o mundo encantado da burguesia. Outro que não vive, mas agoniza e espera pelo dia em que alguma revolução, liderada por algum líder que ainda venha a nascer, leve a cabo um processo de indepêndencia dos que controlam e mandam neste país.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sobre educação à distância, computadores e consumo

Por Alex de Souza


Há quem diga que sou totamente apocalíptico. Isso não é verdade, pois ninguém é absolutamente uma coisa ou outra.

Confesso, contudo, que o predomínio de meus pensamentos se aproxima do que alguns assim denominam como apocalípticos.

Outro dia estava a conversar com uma colega, jornalista também, e, que assim como eu, não está totalmente satisfeita com o curso de especialização escolhido. Se há algum tempo a cultura deixou de ser "também mercadoria", para tornar-se essencialmente mercadoria, o conhecimento tomou o mesmo rumo.

Caso alguém esteja total ou parcialmente satisfeito com um curso que oferece o mínimo exigido, pode se considerar uma pessoa integradíssima. Não sou assim. A serialização tem seus benefícios, até concordo, mas em algumas áreas, como a do conhecimento, coisas como ensino EAD não funcionam muito bem, pois não oferecem boas condições de aprendizado.

Ainda que a comunicação mediada por computador seja algo extraordinário, nada substiuiu a fala do professor, o contato presencial e o olho-no-olho. Contudo, o consumo e o modo de produção capitalista tomou conta de todos os níveis de atuação.

Porém, não vejo os novos meios de comunicação, como a Internet, como algo totalmente ruim. Como disse, tenho minha parte integrada, ainda que essa parte não seja maior que a outra.

Uso a ótica integralista a meu favor. Os Zapatistas do México fazem o mesmo. Utilizam as facilidades da web para que outros povos conheçam a sua luta, a opressão por que passam e as desigualdades a que estão expostos.

O maior problema da visão integrada é o risco de ver todas as coisas como "normais", como o fazem os meios de comunicação. Todos sabem as causas da exploração infantil, da prostituição, do tráfico de drogas, do desrespeito às leis trabalhistas, das fusões nefastas de grandes corporações financeiras, etc. Mas nem por isso o mundo se tornou melhor.

Poderia ser. Foram criados recursos para isso. Por que não acontece? Aí é que entra meu lado apocalíptico, que insiste em me dizer que algo está errado.

Encontrei um exemplo interessante. Segue o link:
http://consumaconsciente.wordpress.com/2009/03/19/3/