sábado, 19 de dezembro de 2009

Pequenas intrusas


Não bastasse tudo o que já havia enfrentado, tinha de entrar naquela casa novamente. Não obstante, esta seria a última vez em vida.


Parada, ali, na grama do jardim, em frente à casa solitária na qual brincara por diversas vezes quando de sua infância, Selma mergulhou numa lembrança vívida e contraditória, mesclada de raiva e ternura, amor e ódio, revolta e conforto—coragem e medo.


Embora soubesse o que tinha de fazer, parecia perdida; seu olhar era baixo e desprezível. A chuva começava a cair naquela noite. Talvez tenha sido isso, talvez a esperança de vê-los novamente ou, ainda, a combinação de ambos que fizeram seu semblante mudar repentinamente. Recrudesceu.
Clareada pelos relâmpagos, parecia decidida agora. Apenas tinha de abrir a porta, atravessar a longa sala de estar, onde seus pais recebiam os amigos. Os sofás ainda exibiam as marcas das unhas, as janelas quebradas permitiam que o vento entrasse e trouxesse um pouco de ar límpido para aquele recinto, abandonado havia cerca de 20 meses.

Ao lado direito, após uma passagem larga e com batentes finamente trabalhados com madeira e pedras brilhantes como ornamento, havia uma sala igualmente acolhedora, onde comemoraram várias conquistas, celebraram as ceias dos natais de sua infância e onde havia uma mesa com os quatro pratos e pares de talheres que seriam usados no jantar daquela noite fatídica.

Quando se deu conta de que estava já ali, sempre iluminada pelos relâmpagos, se propôs a subir as escadas. “Isso será rápido e indolor”, pensou. Estava enganada. Ao voltar-se para a sala de estar, notou um movimento anárquico e sem uniformidade, tal qual uma TV fora do ar. Estavam ali, acima dos batentes da passagem. Começaram a sair de todas as frestas, que agora se expunham nas portas e nas paredes. A casa clareou por mais uma vez. O suficiente para perceber as centenas de aranhas que pareciam sentir a presença da visitante, outrora, uma das habitantes daquela casa, agora, tendo como seus donos aqueles aracnídeos repugnantes.

Também foi o bastante para que visse a cozinha e os armários onde mantinham arroz e outros grãos, bem como os doces em barra, os potes de frutas em conservas e as panelas que usavam na preparação das refeições. Algumas das quais estavam em cima do fogão desde a noite em que levaram seus pais. Conseguia ver que elas, as novas donas da casa, também estavam ali, mas começaram a sair das panelas. Marchavam em sua direção. O vento continuava a entrar, balançando as longas teias que se formaram ao longo daqueles meses.

Ficasse naquela sala de jantar, seria encurralada pelas aranhas marrons, pretas, viúvas-negras e caranguejeiras que se apressavam diante dela. A comida acabara havia já algumas semanas. Estavam famintas. Entretanto, mais pavorosa era a idéia de passar por debaixo daquele batente, em direção às escadas que acessavam os quartos da casa assustadora. “E se uma delas cair em meu cabelo?”, conjeturava. “Dane-se o cabelo”, concluiu. Tomou coragem e passou. Nenhuma das aranhas caiu sobre ela. Contudo, os passos rápidos incomodaram as que estavam no assoalho.

Como uma enchente, elas subiam e pareciam se amontoar umas sobre as outras no chão da sala de estar. Selma subiu as escadas desesperadamente. A cada degrau que subia, podia sentir como se algo estivesse estourando sob seus pés. Aranhas minúsculas subiam pelos seus pés e pernas, tão rapidamente quanto Selma subia os dois lances de escadas, com curva à direita.

“Em qual dos quartos, qual será?”, perguntava a si mesmo com a voz já embargada pelo desespero e o asco incontrolável daquelas aranhas que estavam em suas pernas. Tentou retirá-las dali num movimento rápido e esbaforido. Com elas, saiu também uma parte da pele, expondo sua carne. Ávidas por alimento, aquelas aranhas estranhas e pequeninas, nunca catalogadas por qualquer livro, mais pareciam piranhas de oito pernas. Possivelmente, uma mutação que se desenvolveu ali, resultado do isolamento e das mudanças climáticas. Claro, para os antigos cientistas da ONU, tudo poderia acontecer em função do clima. Entretanto, não havia ciência que explicasse aqueles dias infernais. Afinal de contas, já não havia mais ciência ou teorias que explicassem qualquer fenômeno ou seres. Sequer uma explicação sobre o próprio destino da humanidade.

Desde que os mares subiram a um nível nunca pensado – não pelo câmbio climático, mas pela pressão interna da Terra, que fez aqüíferos como o Guarani expulsarem toda a água que havia sob a superfície terrestre – todas as formas de vida remanescentes se concentraram naquela estreita faixa de terra entre o Pacífico e o Atlântico.

No ano de 2109, o homem tornara-se ignorante, asqueroso, inculto e rudimentar: voltou ao tipo de vida experimentada antes da Revolução Industrial. Apenas os lugares mais provincianos não foram afetados, como sua cidade. Um lugar onde ainda havia energia elétrica, embora ninguém mais dominasse sua produção. Mas não houve luz naquela noite. Não artificial.

E ainda que houvesse, não deteria aqueles seres que pareciam ser o próprio mar. Selma lamentou que o mar não tivesse avançado mais e destruído de uma vez a todos. Contudo, o mar de aranhas avançava, na mesma proporção em que sua loucura se tornava evidente.
Em meios aos gritos, vasculhou o quarto de seus pais, na busca da pista que a levaria ao próximo desafio – o derradeiro. Nada encontrou, além de mais e mais aranhas. O sangue que agora escorria por suas pernas atraía também as baratas pretas que saíam do forro. Correu para seu quarto. Nada encontrou que pudesse desvendar o enigma. Lembrou-se, então, de que sua irmã, levada com seus pais, costumava escrever seus segredos em rolinhos de papel e os punha dentro da fronha, sob o travesseiro que usava. Acreditava que se dormisse sobre eles os manteria seguros e que os desejos se realizariam.

Teve certeza de que ali estava a resposta. Como colocar a mão ali? As aranhas minúsculas também estavam lá. O travesseiro ficou cheio delas, mas Selma teria de procurar.

Colocou sua mão dentro da fronha. Sentiu que as aranhas continuavam a subir em suas pernas e estavam também nas mãos, que procuravam pela resposta do jogo maldito em que havia sido posta. Entre cartas de amor, fotos de amigos e os inúmeros papeizinhos, Selma encontrou um cartão-postal. Era da cidadezinha onde haviam passado uma de suas férias. Antes, uma pacata cidade ao pé da cordilheira, agora, uma fria cidade da nova geografia; uma nova cidade litorânea, mas que não tinha perspectivas de receber turistas, apenas a corajosa Selma, em busca da possível resposta. Havia um post it na parte de trás do cartão, que dizia: ALI, ONDE BATER A LUZ DO SOL NASCENTE, TU ENCONTRARÁS A ÚLTIMA PISTA. CONTUDO, NÃO ENCONTRARÁS A LUZ, POIS TUA VIDA APAGAR-SE-Á AO FIM DO MESMO DIA.

Selma já sabia para onde deveria ir. Imaginava qual seria o último desafio daquele jogo macabro. Antes, porém, tinha de sair daquela casa maldita. Suas mãos, infestadas pelas aranhas, expunham as úlceras e fediam. A carne apresentava fissuras, pelas quais as aranhas entravam. Selma já não sentia medo. Não sentia dor. Desceu as escadas vagarosamente, mas decidida. Ao sair da casa, olhou para trás. Um raio atingiu sua antiga morada, reduzindo-a a escombros e uma fumaça preta. Suas mãos voltaram ao normal, bem como os pés. Vencera aquela etapa. Venceria a última?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Saudade é...foda

Saudações envergonhadas, sei que fiquei um bom tempo afastada, mas foi necessário.

Só os brasileiros possuem uma palavra que define “saudade”. Esse sentimento sempre traz uma leve dor com ele. Seja vontade de reviver algo, seja pela lembrança que não se apagará e jamais será possível revivê-la.

E quando sentimos falta do que não aconteceu? Um beijo que não foi roubado, um adeus que não foi dito, as palavras que se esconderam por vergonha. Sempre pensamos em como tudo poderia ser diferente se tivéssemos agido diferente. Mesmo se os rumos fossem diferentes, sempre teremos indagações.

Agora minhas saudades consomem minha criatividade.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

O caminho não é, assim, tão fácil para o Mengão

Amanhã será conhecido o campeão brasileiro de futebol. Embora seja defensor de um campeonato com finais, não posso admitir que este campeonato foi muito bom, chegando à sua última rodada com quatro times disputando o título.


O campeonato só não está nas mãos do Flamengo porque o São Paulo terá o frágil Sport pela frente e o Inter pega o desesperado Santo André. O único que joga fora (e tem um páreo mais difícil) é o Palmeiras, que vai ao Rio enfrentar o Botafogo.


Pouca gente acredita, mas se o Grêmio terá 7 reservas em campo, a chance de que eles coloquem erva-mate na caneca de chopp dos cariocas aumenta. Um empate seria o suficiente para o Inter se sagrar tetra-campeão. Acredito ser possível, mas o Mengo tem uma mão na taça.


Copa do Mundo


Ao contrário do que a mídia está anunciando, o grupo do Brasil (Portugal, Costa do Marfim e Coreia do Norte) não é o mais difícil. Os dois primeiros devem se classificar, embora com maior dificuldade que Espanha, Argentina, Alemanha, Itália e Inglaterra.


Osso duro será o grupo da África do Sul, que terá Uruguai, França e México. Não tenho dúvidas de que esse sim, será o grupo mais equilibrado - o grupo da morte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Minissaias e apagão

Os dias estão muito corridos, como ainda não ganho a vida do jornalismo, não tenho tanto tempo para executá-lo também.

Contudo, não posso deixar de tecer uma crítica ao fato de que a prática do jornalismo está cada vez mais apagada, no sentido de seu brilhantismo de outrora e sentido de serviço público.

Claro que um apagão como o que houve preocupa as pessoas e a busca por respostas é justificável, mas o que se viu, leu e se ouviu foi uma cobertura enviesada pela política. Todo mundo "descendo o porrete" no governo federal.

Curiosamente, a "maior obra de transportes do país" foi abaixo, literalmente. Exceto a Rede Record, que tratou o assunto também com interesses, o restante da mídia minimizou os fatos.

Infelizmente, o exercício da imprensa não ajuda na formação do indivíduo, mas confunde-o mais que antes da veiculação das notícias. Falta o primor pelas pautas sociais e de real importância para a sociedade.

Mas enquanto existirem ex-alunas com minissaias para se sugar até o último, teremos uma cobertura rasa, pobre e tendenciosa.

sábado, 31 de outubro de 2009

Vagas?

Após algumas semanas ausente, volto a escrever. Volto com a seguinte questão em mente: O que leva um bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo e especialização latu sensu em Comunicação Empresarial e Institucional a buscar outras formas de subsistência?

A resposta é simples. Não há espaço para todos os profissionais. Por isso, é necessário, para os que ainda mantêm o desejo de exercer a profissão de comunicador, seja na imprensa ou nas empresas, que se criem as oportunidades.

Muitas vezes as chances não serão criadas pela hierarquia, mas serão fruto das ações pioneiras de funcionários pró-ativos. Contudo, na maior parte das vezes, as vagas sequer serão criadas. Como fazer, então?

Os concursos públicos são uma eterna boa opção. Não dependem de Q.I., não requerem anos a fio de experiência e, normalmente, oferecem salários atrativos.

Claro que para conseguir uma colocação se deve estudar muito, mas depende só do candidato.

Quem sabe não seja o caminho para nós, que não temos Rabo Preso com ninguém?!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Esse é o homem dos sonhos!


Ele não tem nome. Não tem nacionalidade. Na verdade ninguém sabe ao menos se ele existe. Em janeiro de 2006, uma paciente de um renomado psiquiatra em Nova Iorque desenha o rosto de um homem que vinha aparecendo repetidamente em seus sonhos. Em mais de uma ocasião chegou até a lhe dar conselhos sobre sua vida privada. A mulher jura que nunca conheceu o homem em sua vida. O desenho ficou esquecido em cima da mesa do tal psiquiatra até que outro paciente também o reconhece como sendo o sujeito com quem vinha sonhando e, mais uma vez, afirmou nunca tê-lo visto, a não ser nos sonhos. Ele fez cópias do retrato e os enviou à outros colegas. Em poucos meses, recebeu 4 respostas positivas de pessoas que haviam sonhado com quem eles se referiam somente como este homem. De lá para cá, cerca de 2 mil pessoas, em lugares tão distantes como Los Angeles, Berlim, São Paulo, Irã, Pequim, Roma, Barcelona, Estocolmo, Paris, Nova Dehli, Moscou, alegaram já ter visto este homem em seus sonhos e todos afirmam nunca tê-lo visto antes. O mais incrível? Pelo que se sabe, este homem não existe fora dos sonhos. Pelo menos até agora ninguém, em todo o mundo, foi reconhecido por ser ele.


Boato da internet ou acontecimento real?


Enfim, para maiores informações acesse o site: http://www.thisman.org/

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A vida além de uma comédia

Olá amigos espectadores! Para quem aprecia teatro segue a dica da peça estreada na quarta-feira passada: A vida é uma comédia. Protagonizada por Fábio Moraes, com direção de Marcos Wainberg e produzida por Maciel Fama, pode ser assistida no Teatro Bibi Ferreira às quartas-feiras às 21 horas.

Moraes encena, com muito humor, alguns personagens de uma família cuja realidade pode ser vista no nosso cotidiano. Não irei falar sobre o filho músico...ops escapou, mas é que foi meu personagem favorito, que faz a análise morfológica de algumas canções.

Divertido e realista, não vejo melhor forma de definir. Depois que você chora de rir, no caminho de volta para casa, analisa a composição dos personagens e como isso tem tudo haver com nosso contexto social.

Shakespeare

Teatro Bibi Ferreira: Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 931 – Bela Vista

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

"Atenção, esse estepe está sendo roubado!"

Geralmente, só lembramos do estepe quando algum pneu fura. Às vezes os anjos da guarda são mais poderosos que a lei de Murphy. Digo isso, pois tenho duas histórias que demonstram perfeitamente o caso.

Um belo dia, não sei se era tão belo assim, minha mãe pediu meu carro emprestado. Disse que tudo bem, mas que precisava abastecer. Como de costume, mandou ver a água e óleo. Eis que o frentista vem com a novidade “senhora, roubaram seu estepe”.

Quando ela me contou já queria algumas respostas do lead: como, quando onde? Tratei de comprar um estepe pra não dar chances pro Murphy me pegar desprevenida, e um “trava estepe”. Agora só destrava com uma espécie de chave que, por garantia, fica dentro da bolsa, pois tenho receio de deixar no carro, afinal, só Deus e os ladrões sabem onde foi roubado.

Dias depois recebo uma ligação do meu primo que queria saber onde comprar o trava estepe. Perguntei o motivo e ele disse que o estepe dele também havia sido roubado. Desta vez os ladrões foram mais legais, deixaram um estepe, caindo aos pedaços, no local. Achei cômico eles terem colocado outro! Fato é que também teve que comprar outro estepe e colocado a trava.

Aposto que assim que possível você vai conferir seu estepe!

domingo, 27 de setembro de 2009

O homem cria condições que ele mesmo não utiliza

Reflexões sobre a evolução tecnológica!

McLuhan afirma que os meios são extensão do homem. Baseado nesse conceito, é possível afirmar que o homem é que evoluiu, sendo a evolução tecnológica uma conseqüência do avanço humano.

blig.ig.com.br
Entretanto, o homem ainda não aprendeu a usar, em seu próprio benefício, as inovações que vieram com tanta tecnologia, sobretudo na comunicação. E os que acham que os meios tradicionais são obsoletos não enxergam algumas facetas obscuras dos meios em geral.

Deve-se ressaltar que a mídia tradicional tem a capacidade de ser tão interativa quanto aos novos meios, mas seu potencial também é subaproveitado. Um programa de rádio ou televisão, por exemplo, pode ser interativo, sim. Os meios impressos também. A grande questão é saber se os detentores dos meios querem ser tão interativos.

Afirmar de modo categórico que a Internet trouxe tal interatividade também pode ser um equívoco. Até que ponto se pode afirmar que uma mídia é democrática se, em muitos dos fóruns que existem, as mensagens do internauta serão avaliadas antes de sua publicação?

Os conteúdos também podem “subir” às páginas de modo a privilegiar determinados pontos de vista, em detrimento de outros. Falar sobre participação e meios de comunicação é um pouco complicado no Brasil. Basta estudar a história da Comunicação aqui.

Entre mortos e feridos, é inegável que, acima de todos os outros, a Internet é o meio que pode propiciar maior participação, gestão democrática dos conteúdos e discussão sobre os rumos a serem tomados, o que não significa que já o seja hoje. É preciso avançar mais.

domingo, 20 de setembro de 2009

M E R D A, nem o Aurélio definiu tão bem

(Recebido por email)
A palavra mais rica da língua portuguesa é a palavra MERDA.
Esta versátil palavra pode mesmo ser considerada um coringa da língua portuguesa.

Vejam os exemplos a seguir:

1) Como indicação geográfica 1: Onde fica essa MERDA?

2) Como indicação geográfica 2: Vá a MERDA!

3) Como indicação geográfica 3: 17:00h - vou embora dessa MERDA.

4) Como substantivo qualificativo: Você é um MERDA!

5) Como auxiliar quantitativo: Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!

6) Como indicador de especialização profissional: Ele só faz MERDA.

7) Como indicativo de MBA: Ele faz muita MERDA.

8) Como sinônimo de covarde: Seu MERDA!

9) Como questionamento dirigido: Fez MERDA, né?

10) Como indicador visual: Não se enxerga MERDA nenhuma!
11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido: Por que você não vai a MERDA?

12) Como especulação de conhecimento e surpresa: Que MERDA é essa?

13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo: Ele está na MERDA...

14) Como indicador de ressentimento natalino: Não ganhei MERDA nenhuma de presente!
15) Como indicador de admiração: Puta MERDA!

16) Como indicador de rejeição: Puta MERDA!

17) Como indicador de espécie: O que esse MERDA pensa que é?
18) Como indicador de continuidade: Tô na mesma MERDA de sempre.

19) Como indicador de desordem: Tá tudo uma MERDA!
20) Como constatação científica dos resultados da alquimia: Tudo o que ele toca vira MERDA!

21) Como resultado aplicativo: Deu MERDA.
22) Como indicador de performance esportiva: O Corinthians não está jogando MERDA nenhuma!!!

23) Como constatação negativa: Que MERDA!
24) Como classificação literária: Êita textinho de MERDA!!!

25) Como qualificação de governo: O governo Lula só faz MERDA!
26) Como situação de 'orgulho/metidez' : Ela se acha e não tem 'MERDA NENHUMA!'

E A ÚLTIMA E MAIS CLARA APLICAÇÃO....

27) Como indicativo de ocupação: Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tem alguém ai?

Oi...
Alguém me ouve?
Onde estou? Quem sou eu?
Perguntas ecoam em minha mente
Será que alguém entende?
Todos sentem as dores da alma
É a união da beleza e fragilidade
Será que todos entendem?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O brilho do Gran Torino

Chega a ser cômico o péssimo humor de Walt Kowalski (Clint Eastwood). Só falta ele dizer “bom dia o caralho!”, mas: bicha, marica, saia do meu gramado e não me chame de Walt; são algumas falas clássicas. Ele interpreta uma americano 100% nacionalista, fato que não observamos em alguns outros filmes que Wood dirigiu como, por exemplo, A conquista da honra.

Mais que um carro, o Gran Torino, torna-se praticamente um ser vivo no filme. “Todos querem meu carro”, disse o personagem de Clint em determinada cena. A trama esquenta quando seu vizinho tenta roubar um carro para entrar em uma gangue para ser protegido. A tentativa não foi bem sucedida.

Kowalski aumenta a proteção da garagem, limpa o Torino, deixa ele estacionado na calçada para todos verem o carro, inclusive ele, enquanto está na varanda sentado em sua cadeira regado à cerveja, cigarro e na companhia da sua cachorra. Varandas sempre me lembram filmes norte americanos.

Um sujeito imponente cuja família é interesseira. Foi fantástico quando ele mandou o filho e a nora embora com os presentes de aniversário depois que eles começaram a exibir folhetos de “colônias” para idosos. No decorrer da história nota-se que Walt não é tão marrento. Ele quebra seus próprios preconceitos, passa a livrar-se de suas culpas, faz coisas que nunca fez. Dos dois lados da câmera Clint Eastwood fez um trabalho sensacional.

Confira os dados do filme:

Sinopse:
O funcionário aposentado da indústria automotiva Walt Kowalski (Clint Eastwood) é um veterano da Guerra da Coréia. Ele preenche seus dias fazendo consertos em casa, tomando cerveja e com visitas mensais ao barbeiro. Inflexível e com determinação inabalável, vive num mundo em transformação e se vê forçado pelos vizinhos imigrantes - que acabam de se mudar, vindos do Laos - a confrontar seus próprios preconceitos.
http://www.interfilmes.com/filme_20830_Gran.Torino-(Gran.Torino).html

Ficha técnica:
- Titulo original: Gran Torino
- Gênero: drama
- Direção: Clint Eastwood
- Roteiro: Dave Johannson e Ninck Schenk
- Ano: 2008
- Tempo: 116min

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência do Quê?!

Foto: familycourtchronicles.com
O Brasil comemora mais um ano de independência. Mas do quê? Ou de quem? Em quase 190 anos de governo independente, não conseguimos nos libertar da servidão da desigualdade, exacerbada nos grandes centros.

Ainda somos uma república de bananas, que não investe o suficiente na educação de base e que no topo deixa seus cérebros imigrar para países como o Canadá.

Não existe independência na saúde. O serviço público é um caos, mas os serviços particulares deixam a desejar também. Isso sem falar da segurança pública, que sofre um processo oculto de privatização. A maior parte das empresas de segurança tem como proprietários os coronéis das PM's de todo o Brasil. Claro, estão registradas em nome de laranjas.

As grandes fusões bancárias servem aos interesses de poucos. Concentram o crédito e caracterizam um cartel sem escrúpulos dos quais o setor (realmente) produtivo fica refém. Para que serve o CADE? Cadê o CADE?! Deviam ir para a CADEia junto com os banqueiros.

Além disso, temos a multiplicação das inverdades se proliferando na grande mídia. O jornalismo serve apenas aos interesses dos poderosos. Seu caráter funcionalista pinta com as cores do país do futuro uma nação que só se vê nas telas de TV.

Existem dois Brasis. Um que é o mundo encantado da burguesia. Outro que não vive, mas agoniza e espera pelo dia em que alguma revolução, liderada por algum líder que ainda venha a nascer, leve a cabo um processo de indepêndencia dos que controlam e mandam neste país.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sobre educação à distância, computadores e consumo

Por Alex de Souza


Há quem diga que sou totamente apocalíptico. Isso não é verdade, pois ninguém é absolutamente uma coisa ou outra.

Confesso, contudo, que o predomínio de meus pensamentos se aproxima do que alguns assim denominam como apocalípticos.

Outro dia estava a conversar com uma colega, jornalista também, e, que assim como eu, não está totalmente satisfeita com o curso de especialização escolhido. Se há algum tempo a cultura deixou de ser "também mercadoria", para tornar-se essencialmente mercadoria, o conhecimento tomou o mesmo rumo.

Caso alguém esteja total ou parcialmente satisfeito com um curso que oferece o mínimo exigido, pode se considerar uma pessoa integradíssima. Não sou assim. A serialização tem seus benefícios, até concordo, mas em algumas áreas, como a do conhecimento, coisas como ensino EAD não funcionam muito bem, pois não oferecem boas condições de aprendizado.

Ainda que a comunicação mediada por computador seja algo extraordinário, nada substiuiu a fala do professor, o contato presencial e o olho-no-olho. Contudo, o consumo e o modo de produção capitalista tomou conta de todos os níveis de atuação.

Porém, não vejo os novos meios de comunicação, como a Internet, como algo totalmente ruim. Como disse, tenho minha parte integrada, ainda que essa parte não seja maior que a outra.

Uso a ótica integralista a meu favor. Os Zapatistas do México fazem o mesmo. Utilizam as facilidades da web para que outros povos conheçam a sua luta, a opressão por que passam e as desigualdades a que estão expostos.

O maior problema da visão integrada é o risco de ver todas as coisas como "normais", como o fazem os meios de comunicação. Todos sabem as causas da exploração infantil, da prostituição, do tráfico de drogas, do desrespeito às leis trabalhistas, das fusões nefastas de grandes corporações financeiras, etc. Mas nem por isso o mundo se tornou melhor.

Poderia ser. Foram criados recursos para isso. Por que não acontece? Aí é que entra meu lado apocalíptico, que insiste em me dizer que algo está errado.

Encontrei um exemplo interessante. Segue o link:
http://consumaconsciente.wordpress.com/2009/03/19/3/

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A morte

Por Renata Bernardino


Crescer, nascer, reproduzir e morrer
Lágrimas, dor, desespero ou a salvação
Não importa, quem fica sofre
Os sentimentos ficam confusos
O coração que quer sair pela garganta
Sufoco, raiva, inconformação
Seria Deus, ou um ceifador sinistro?
Quem determina o tempo de cada um?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A última tragada


"É proibido fumar, diz o aviso que eu li!". Essa música de Erasmo e Roberto Carlos nunca esteve tão na moda quanto hoje. A nova lei antifumo criada em São Paulo restringe o velho hábito de fumar em bares, restaurantes, repartições públicas, entre outros. No início da década de 60, o que era considerado um charme, digno de um alto status social, hoje é banido pela legislação pública.

A indústria do cigarro, apesar da propaganda contrária, ainda resiste. No entanto, as pessoas se mostram mais conscientes quanto aos malefícios que o cigarro traz à saúde. A lei antifumo, é também, mais do que uma preocupação com ela, pois trata-se de uma questão de educação. Imagine você, por exemplo, em um jantar romântico com o seu esposo(a), namorado(a), amante, concubina(o), e, de repente, na hora que tu estás naquele clima, um sujeito ao lado começa a emitir aquele cheiro de nicotina ao seu lado.

É desagradável! As mortes de fumantes passivos, aquelas pessoas que respiram a fumaça do cigarro alheio, está crescendo cada vez mais no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, vinte e três pessoas morrem por dia no país vítima de alguma doença relacionada ao cigarro, e esse número tende a aumentar se algo não for feito para diminuir o número de adeptos.

Mas, voltando ao assunto da nova lei, bares e restaurantes de São Paulo não estão tendo muitos problemas com clientes que insistem em fumar dentro do estabelecimento, como diz o proprietário Marcus Vinícius, da churrascaria Novilho na Brasa, localizada no centro de Santo André (SP). Ele diz que a receptividade dos clientes perante a nova lei foi positiva, sendo que até agora, não teve nenhum problema.

Outra consequência que a lei já traz é o aumento do ruído causado pelos fumantes do lado de fora dos estabelecimentos. Em Paris, por exemplo, onde o antitabagismo já vigora desde 2007, associações de moradores já protestam contra os bares e restaurantes que ficam abertos até tarde, porque os fumantes sentam nas cadeiras localizadas nas calçadas, perturbando os moradores que vivem nas proximidades.

Antes de concluir qualquer opinião sobre essa nova lei, que já tem o apoio de outras cidades do país, como o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é importante salientar que vale o respeito e ao bom senso no uso do cigarro, pois lei nenhuma pode substituir a educação.

Por Ricardo Maia, jornalista das revistas Panorama Rural e Terra Viva.

Foto: Otani

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vamos jogar mais lenha

"*Resposta de um Médico, Dr. Humberto de Luna Freire Filho, a outro médico, Dr. Aldo Pacinoto publicadas no jornal O Estado de São Paulo.

Carta do Dr. Aldo Pacinoto
Date: Thu, 4 Jun 2009 12:35:10 -0300
Subject: CARTA ESTADÃO

Prezado senhor Humberto.

Sei perfeitamente que os leitores do jornal O Estado de S.Paulo são conservadores, muitas vezes reacionários, claramente de direita. Mas algumas cartas chegam ao cúmulo do absurdo.

Ontem um leitor disse que a culpa dos erros nas cartilhas do governo do senhor José Serra é culpa de algum "petista infiltrado" na Secretaria da Educação. Hoje, o senhor faz uma observação completamente equivocada.
Não é apenas o presidente americano Obama que elogia o nosso presidente. Os elogios estão vindo de todos os continentes. É o presidente francês, é o presidente sul-africano, o premiê inglês, finlandes, alemã.

Só não vêem em Lula um grande líder pessoas preconceituosas que ainda o enxergam como um metalúrgico analfabeto. O senhor deve ser de classe média média ou alta.
Pergunto: o que piorou em sua vida com o governo Lula? O que vai melhorar com o governo Serra? É claro que a classe média não quer enxergar em Lula um presidente que tem enfrentado crises econômicas internacionais como ninguém.
O senhor lê a Economist? O El País? O Le Monde? Se ficar lendo apenas o Estadão e a Veja terá uma visão burguesa e centrada em críticas e mais críticas. Radical.
O senhor sabe o quanto o atual governo melhorou a vida dos menos favorecidos? O senhor não quer que ele melhore a vida dos mais pobres?
Sou médico, não sou petista, sou classe média até digamos alta. Tinha tudo para pensar como os leitores do Estadão que mandam frases de efeito, às vezes engraçadinhas, que o jornal adora publicar. Mas, felizmente, penso exatamente ao contrário desses leitores. Graças a Deus e ao meu pai que me ensinou a olhar a vida sem radicalismos.

Atenciosamente.

ALDO PACINOTO
Curitiba


Resposta do Dr. Humberto de Freire Luna Filho

RE: CARTA ESTADÃO
Date: Fri, 5 Jun 2009 01:54:52 +0000

Prezado colega Aldo
(Também sou médico - Neurocirurgião)

Antes de mais nada quero deixar claro que não sou eleitor do Sr.José Serra, sou apolítico, não filiado a nenhum partido, tenho nojo de politíca e, consequentemente, de políticos, principalmente dos atuais.
Sou a favor sim, dos princípios morais, mas, para meu desapontamento, isso transformou-se em fruta rara nos três Poderes da República no atual governo. Quero também informar ao colega que leio qualquer publicação e não só O Estado de S. Paulo e a Revista Veja, como também já viajei por meio mundo, portanto vou responder suas indagações com conhecimento, e o que é mais importante, com a independência de um profissional liberal não comprometido com governo nem com imprensa nem com igreja nem com sindicatos ou com quem quer que seja.

Quanto à sua pergunta sobre o que piorou na minha vida durante o governo Lula e as possíveis melhoras em um possível governo Serra, eu diria que não houve nem haverá nenhuma mudança. Nem eu quero que haja, porque de governo,
qualquer que seja a tendência ideológica, eu só desejo uma coisa: DISTÂNCIA.

Não dependo nem nunca dependi de nenhum deles. Uma outra afirmativa sua é sobre a melhoria da vida dos mais pobres (por conta do bolsa família, imagino). Minha opinião é que bolsa família não é inclusão social, é esmola, mais precisamente compra disfarçada de votos. O pobre não quer esmola, quer escolas, hospitais, ambulatórios que funcionem na realidade. Nos palanques eleitorais já foi dito até que a medicina pública brasileira está próxima da perfeição. Só que a cúpula do governo, quando precisa de assistência médica, dirige-se ao Sirio-Libanês ou ao Hospital Israelita e chega em São Paulo em jatos particulares. O colega, como médico, não deve ignorar essa realidade.

Na área rural, falta mão de obra porque o dito trabalhador rural virou parasita do governo e não mais trabalha. Para que trabalhar? eu fico em casa e no final do mês o governo me paga. Essa foi a frase que tive que engolir, não faz muito tempo, antes de abortar um projeto em minha propriedade rural que empregaria pelo menos 50 pessoas. Quando optamos pela mecanização, vem um bando de sindicalistas hipócritas junto com a quadrilha do MST, diga-se de passagem foras da lei e baderneiros, financiados com dinheiro público, dizer que a máquina está tirando o emprego no campo.

Outro item a que você se refere é sobre a minha observação, completamente equivocada (equivocada na sua opinião), publicada hoje no jornal O Estado de S.Paulo. Pois é, aquela é a MINHA observação e eu espero que o colega a respeite como eu respeitaria a sua se lá estivesse publicada. E mais se você quiser fazer um giro maior, saindo portanto, da esfera do Estadão e da Veja para fugir do conservadorismo dos mesmos, (conservadorismo também opinião sua - respeito), verá que existem muitas outras publicações minhas dentro do mesmo raciocínio, coerência, independência e coragem que tenho para falar o que quero, e assumir totalmente a responsabilidade pelo dito . Colega, por favor, pesquise os seguintes jornais: Diário de Pernambuco (Recife-PE), Diário da Manhã (Goiânia-GO), Gazeta do Povo (Curitiba-PR) , O Dia (Rio de
Janeiro-RJ), Jornal O Povo(Fortaleza- CE) e outros, além de dezenas de sites e blogs.

Agora faço a minha primeira pergunta: são todos conservadores e reacionários? Não! são independentes. Não são parte da imprensa submissa e remunerada com dinheiro público, não fazem pubilicidade da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Economica Federal, do PAC, e o mais importante, não recebem ordens de Franklin Martins, (o Joseph Goebbels Tupiniquin), manipulador de informações, prestidigitador que usa o vulnerável substrato cultural brasileiro, para transformar câncer em voto.

E para encerrar, permita-me fazer mais essas perguntas: O The Economist, o El País, O Le Monde etc. informaram a opinião pública européia sobre as dezenas de escândalos financeiros e morais ocorridos no País nos últimos sete anos e que permanecem impunes por pressão do grande lider e asseclas?
Informaram que o Congresso Nacional está tomado por uma quadrilha manipulada pelo Executivo ( 80% envolvidos em algum tipo de delito) e que conseguiram extinguir a oposição? Informaram que a maior empresa brasileira é estatal e ao mesmo tempo usufruto do governo, e que o mesmo tenta desesperadamente blindá-la contra qualquer fiscalização? Informaram que 40% dos ministros e ex-ministros desse governo respondem a processos por malversação de dinheiro
público?

Eu acho que os chefes de estados da Europa não sabem dessas particularidades. Por muito menos estão rolando cabeças no Parlamento Britânico, e com uma grande diferença, o dinheiro lá desviado é devolvido aos cofres públicos; enquanto aqui parte é rateada; parte é para pagar bons advogados, e outra parte é incorporado ao patrimônio do ladrão.

Casos exaustivamente comentados na imprensa vem ocorrendo há anos com pelo menos cinco indivíduos que hoje fazem parte ativa da base de sustentação do grande líder.. Isso para não falar de coisas mais graves como os assassinatos dos prefeitos de Campinas e de Santo André, envolvendo verbas de campanha. Crimes esses nunca esclarecidos e cujos cadáveres permanecem até hoje no armário do PT.
Portanto, ver Luiz Inácio Lula da Silva como um líder é querer forçar um pouco. Para mim, ele não passa de papagaio de pirata de Hugo Chavéz. Veja a sua última pérola: "O Brasil acha petróleo a 6 mil metros de profundidade, por que não acha um avião a 2 mil". Isso não é pronunciamento de líder em um evento público envolvendo dezenas de chefes de estado. Isso cairia bem em reunião de sindicato ou em mesa de botequim. Caracteriza oportunismo vulgar.

Moro no Brasil, sei ler e não sinto azia quando leio. Não sou preconceituoso nem radical, modéstia a parte, sou esclarecido, e se combater corrupção é radicalismo, aí sim, sou RADICAL, e estou pronto para qualquer coisa como todo nordestino.. . de caráter..

Atenciosamente.
Humberto de Luna Freire Filho
São Paulo* "
O que você pensa sobre isso tudo?
até a próxima!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Parabéns Record!

Por Albino Junior

Ontem, o fantástico ator Dado Dolabella ganhou a bolada de 1 milhão de reais no programa "A Fazenda", da TV Record. Com o prêmio, o ator criará um curso, com João Gordo, que formará uma nova geração de cenógrafos brasileiros. Nos planos do humilde e ex-pobre artista também está a construção de uma ONG que ajudará na recuperação emocional de atrizes violentadas por atores de quinta categoria.

Vejam abaixo a classe e humildade do mais novo e grande herói brasileiro:

domingo, 23 de agosto de 2009

Não é 1º de abril!

Quem viu, viu. Quem não viu, como eu, se assustou com a notícia, mas ela é real.
Rubinho venceu um GP! Após cinco anos. E homenageou o Massa. Pudera. Era o mínimo que ele deveria fazer.

Segue link de um vídeo em que um torcedor está furioso com o Rubinho. Ele só não é pior que o Neto, um colega nosso: http://www.youtube.com/watch?v=f3c0POiuJtc.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Estresse

Por Albino Junior e Renata Bernardino

Corre, corre, corre
não consigo respirar
a cidade grande morre
para eu trabalhar
ou será o contrário
eu me sacrifico
ou esquivo de mim mesmo
do nada ao infinito

domingo, 9 de agosto de 2009

Tempo: o desafio do Século XXI

Foto e texto: Alex de Souza
O tempo, todos sabem, está cada vez mais escasso. Isso tende a piorar. Os meios de comunicação, em vez de aumentar, fizeram é que ele se tornasse ainda mais rápido.

As semanas não passam, voam. O excesso de informação, dizem alguns, desinforma. Na última semana li muito sobre Sarney, Gripe Suína e sobre Honduras, mas não me considero informado.

Como diria Raul Seixas, "não preciso ler jornais, mentir sozinho, eu sou capaz".
Será que o que lemos lá nos grandes jornalões é a verdade? Só o tempo dirá. Talvez antes que imaginemos, afinal, ele está mais rápido. Só não sei se mais verdadeiro, mais leal.

O tempo se assemelha às águas de um rio: passam para não mais voltar. Não obstante, trazem consigo os sedimentos de lugares longínquos, respostas e uma imagem singular, nunca vista antes daquele momento particular.

sábado, 8 de agosto de 2009

Sim, o Acre existe!

Estava eu no bem bom, navegando no "orkut", tranquilamente, até que eu me deparo com a comunidade " ACRE IS A LIE", com 5.550 membros . Tá certo que o intuito dela é de descontrair, mas aquilo me instigou a saber o porquê da existência desse mito, na qual alguns visitantes (Não me incluo nessa!) dúvidam da existência de nosso querido Acre.

Pra começar, eu escrevo esse post sem o objetivo de "ir na onda" da minisérie daquele canalzinho. Então vamos lá! Vendo aquela bendita comunidade, do prestativo site, eu caí na risada algumas vezes. Muito por causa das teorias apresentadas por alguns integrantes; temos como exemplo, uma muito interessante, onde um sujeito diz que o Acre é um grande depósito de anões; alguns dizem que o Acre é uma cidade (!) fantasma. Tudo isso sem contar a célebre frase do Diogo Mainardi, colunista da Revista "Veja": "Trocamos o Acre por um cavalo!!! Pensando bem... devolvam o cavalo." Sem comentários! Será que o Acre não é Atlântida, a cidade perdida? (Brincadeira!)

Apesar de seu lado cômico, as brincadeirinhas feitas ao Acre, tem muito por culpa o bairrismo dos grandes centros do sul e sudeste da nação, onde a ideologia e pensamento de que os lugares distantes e pouco povoados são mais atrasados, está na mente de algumas pessoas. Na verdade essas pessoas não sabem a importância histórica daquele estado, que pertencia à Bolívia. Pois antes do séc. XX, aquela região era habitada principalmente por seringueiros brasileiros que lutaram contra a minoria boliviana, na chamada "Questão do Acre". Mais tarde, o Acre ganhou o status de estado, onde teve papel prepoderante na segunda guerra mundial, pois os seringais da Indochina foram tomados pelos japoneses, favorecendo os Aliados. Graças ao Acre, o Brasil recebeu recursos dos Estados Unidos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, o que alavancou o desenvolvimeto no centro e sul do país.

Atualmente o Acre é composto por uma população de 669.736 hab; área de 152.581,4 km2; densidade de 4,38 hab/km2; além de uma boa taxa de expectativa de vida, que é a de 70,5 anos; o estado também contribui com 0,2% no PIB nacional. A economia é baseada na extração de borracha e castanha, na qual a exploração da borracha é a principal marca daquela região, desde os tempos de colonização.

Abraços!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Voz e volume no parque

Por Albino Junior

Na postagem "Voz e volume na web 2.0" eu mostrei que a grande maioria dos blogueiros associados aos principais portais da internet brasileira é formada por brancos diplomados e com mais de 30 anos idade. Sendo assim, eu incitei o leitor, no final do artigo, a contar quantos negros fazem parte da blogosfera em dois grandes portais. Naquela ocasião o internauta pôde ver que dentro do jogo capitalista a formação conta muito, o que de certo modo está certo, pois como formadores de opinião, sites como UOL e Ig devem levar uma formação de qualidade aos seus leitores - mesmo que os interesses sejam apenas de lucrar e defender os seus interesses ideológicos. Também não podemos, logicamente, acusá-los de serem racistas, porque, como todos nós sabemos, boa parte da população negra não possui um poder aquisitivo bom, dificultando assim o acesso ao ensino superior, ensino esse que produz formadores e blogueiros de opinião, segundo a grande mídia.

Mas o negro também não encontra-se presente em espaços onde a burocracia e o currículo não possuem importância, como os parques públicos. Locais onde qualquer pessoa pode circular livremente, seja para passear ou para realizar alguma atividade física. Tirei essa constatação ao ver que na Cidade Universitária a população caucasiana e até mesma a de descendência oriental é a esmagadora maioria. Aos sábados, dia onde frequento o local, o espaço é tomado por centenas de ciclistas e corredores, além de pessoas que fazem exercícios físicos acompanhadas de seus treinadores particulares. Mas vamos nos ater somente ao grupo de pessoas que não gastam dinheiro com profissionais, e nem com biciletas para queimarem calorias e espantarem o stress.

Essa parte dos frequentadores usam equipamentos básicos para a realização de suas caminhadas e corridas, onde o principal conselho, segundo os ortopedistas é o uso de um tênis correto para tal prática. Ou seja, tênis, camisa e calção, além de um aval médico, são mais do que suficientes para que qualquer cidadão brasileiro em liberdade possa realizar uma atividade física ao ar livre. Mas algo inibe certos grupos sociais. Talvez seja o tempo, ou até mesmo um acanhamento psicológico. Sinceramente, eu não sei. Mas é engraçado vermos que ao contrário das praias, os parques de São Paulo, que são de livre acesso, não são igualmente democráticos. Farofeiros, playboys, brancos e negros não são representados com uma porcentagem equivalente às estatísticas. É triste, mas real. O exercício físico de não-atletas é algo praticado majoritariamente por brancos, que como os blogueiros dos grandes sites, devem ter mais de 30 anos e ao menos um ensino médio nas costas.

Esse é um paradigma visto na USP, mas que também pude ver no parque da Água Branca e na Avenida Inajar de Souza, Zona Norte de São Paulo, local esse próximo à periferia da capital paulista. Sendo asism, não tem como culpar a localização geográfica e a demografia de certos bairros, como Butantã e a Água Branca - onde a maioria dos seus residentes é composta por brancos de classe-média-, pois o acesso é gratuito. Lá a democratização, na teoria, é a mesma de uma praia, onde um negro que ganha um salário mínimo pode dividir espaço com um empresário como Roberto Justus (apesar que esse último deva preferir o clima mediterrânico das praias de Ibiza).

Abraços!

Obs.: Caso eu resolva fazer um mestrado fora da área de comunicação, a minha dissertação poderá tratar sobre o tema. Não copiem a idéia! rs

domingo, 2 de agosto de 2009

Mais gafes da rede glóbulo de manipulação

Por Renata Bernardino

Saudações pessoas!

Quem tem a oportunidade de ter tv a cabo se livra da péssima propramação dos domingos. Hoje quis ficar com a familia, então engoli o choro e vi um pouco do Faustão. Ele continua chato como sempre. Interrompe os convidados. Erra algumas coisas e coloca a culpa na organização do programa. Tudo bem que ao vivo sempre está sujeito há problemas, mas o apresentador têm o dever de saber tudo antes de ir para o ar, assim não depende tanto das malditas colas medonhas!

Escrevo-lhes sobre duas gafes do programa em menos de um minuto. Trata-se do Felipe Massa, a mais recente celebridade endeusada por causa do acidente. Não tenho nada, absolutamente nada contra ele. Mas o carnaval que foi feito com o ocorrido é lamentavel. De volta ao Domingão massante. Disse Fausto: “Amanhã Felipe Massa vem para o Brasil de volta para seu tratamento” Hein???????????? Primeiro: como ele vem de volta?! (redundância ridícula). Segundo: ele volta para o tratamento? Ué, ele não vem para terminar de se recuperar, afinal começou o tratamento lá?

Pior de tudo foi exibir um clipe dele com o hino da vitória de Airton Senna! O Senna é o Senna. Único e incomparável. Felipe teve uma vitória ao sobreviver, mas isso não o compara com o Senna caramba. Lá vai a globo arrumar um subistituto para um ícone da fórmula 1, esporte que não deu tanta audiência depois da morte do Airton. Bom, todos sabem que a Globo compra a transmição de todas as corridas, lógico que precisam de uma nova santidade. Felipe, sinto muito pelo modo como estão te usando.

Mudanças climáticas, no mundo e no senado brasileiro

Foto: Rodrigo Mendes
Como alguns já devem ter percebido, sou um tanto insistente em relação à pauta ambiental. Isso porque pude aprender muito na pesquisa que fiz para concluir a graduação.


Com o tema "Fontes Hegemônicas no Jornalismo Ambiental", cheguei à conclusão de que os meios de comunicação privilegiam algumas fontes de informação, em detrimento de outras, no que toca à cobertura noticiosa sobre o Aquecimento Global.



Os nossos jornais, como a maioria das pessoas, são conservadores. Tudo o que vai contra a ordem natural ou que não esteja institucionalizado não é visto com bons olhos.

Não sou nenhum libertário, tenho até minhas convicções conservadoras (mas nem por isso as tento impor como certas, é uma questão de crença, valores e costumes pessoais), mas em alguns assuntos, para não dizer em tudo, é de fundamental importância exercer o senso crítico e questionar.


Duas visões


Tive a oportunidade de pesquisar sobre dois grupos que vêem a questão por ângulos diversos. O mais conhecido deles, e o privilegiado pela mídia, é o que integra o Painel Intergovernamental Para Mudanças Climáticas (IPCC). Eles alegam que a culpa do aquecimento é do homem, embora não o confirmem de modo categórico. Atribuem 90% da culpa à queima de combustíveis fósseis.

O outro grupo, excluído da mídia, é o que contraria o anterior. Eles afirmam que o aquecimento global (termo discutível) é um fenômeno natural, cíclico e que nada tem a ver com a concentração de CO2 na atmosfera. Alguns deles sequer consideram o termo "temperatura global" adequado, o que torna inadequado também se falar em aquecimento de toda a Terra, como algo uniforme.

Para José Carlos Azevedo, aquecimento e temperatura global são termos que não fazem
sentido. Ele afirma que existem muitos cientistas sérios, bem como políticos que sequer são
ouvidos quando se posicionam de modo contrário aos dogmas do IPCC.



A Terra não é como uma laranja

Foto: jacksonviana.wordpress.com


Ele explica que não se pode falar em temperatura da Terra, pois não há como medi-la em decorrência das leis da termodinâmica nos sistemas fora de equilíbrio. Ou seja, não é possível mensurar a temperatura de objetos que não apresentam regularidade, ou homogeneidade de superfície.


Ele afirma que a Terra é composta por muitas variáveis, que o clima está relacionado a eventos locais, não mundiais. E vai além: O IPCC calcula a temperatura global tomando a média das observadas em milhares de locais e em datas diferentes, outro contra-senso, pois tal média não tem significado físico nem matemático e há infinitas maneiras de calculá-la. Os meteorologistas usam mais de cem. Qual é a correta?


Em outubro de 2008, declarou em artigo escrito para a Folha: "A média de temperatura de sistemas fora do equilíbrio não tem sentido. Nesse caso, a temperatura é um efeito local, e não global. Para comprovar isso, os adeptos do IPCC, porque não entendem de ciência, devem colocar a cabeça num forno a 100ºC e os pés num congelador a -50ºC e verificar se estão na temperatura média de 25ºC".


A Terra é como uma geladeira


Outro crítico do IPCC é o português Rui Moura, autor do blog Mitos Climáticos. Para ele, a falta de ética é o maior problema do IPCC. Fez muitos cientistas se afastarem, e também deixaram o grupo por constatarem que as hipóteses levantadas não se confirmaram.


Afirma que um dos princípios que melhor explica os fenômenos climáticos é a Circulação Geral da Atmosfera. Segundo esse conhecimento, existe uma constante troca de ar e energia entre pólos e trópicos, o que contraria equações como o esquema tricelular, que sugere concentração das massas de ar frio restritas às regiões temperadas. Ele explica que a Terra pode ser comparada a um grande refrigerador:


"Nosso maravilhoso planeta também pode ser explicado como uma máquina térmica. A natureza obriga essa máquina a realizar, a qualquer instante, essa troca meridional de energia. Provavelmente, com o objetivo nunca alcançado de uniformizar as temperaturas em todo o planeta, a natureza nunca pára de trabalhar. Isto é, a natureza, de uma forma perfeitamente organizada – não caoticamente como alguns erradamente dizem – gostaria que São Paulo e Lisboa usufruíssem do mesmo clima".

Quem está certo?
Nelson Rodrigues afirmava que toda unanimidade é burra. Diria que quase toda. Em uma pesquisa acadêmica, não se pode afirmar nada sem confirmar as hipóteses. Quando se trata de algo tão complexo quanto o clima, fica ainda mais difícil afirmar qualquer coisa.


Contudo, aqui tenho a liberdade de dizer o que penso. Penso que os dois grupos têm razão e não ao mesmo tempo. Calma. Eu posso explicar!

Uma vez que as pesquisas nos ajudem a desenvolver maneiras de explorar energias menos poluentes (não existe combustível limpo), ótimo. Ainda que não aqueça a Terra, não é bom que a fuligem ocupe o ar das cidades.
Entretanto, se ainda não há certeza em relação às causas do aquecimento (se antropogênicas ou naturais), por que gastar tanto dinheiro com isso? Não é o saneamento básico mais importante e mais urgente que o clima? Ao menos em um país em que metade das casas não possui rede de esgoto eficaz? Mesmo em Osasco, na Grande São Paulo, isso é privilégio de poucos.
Quem conhece os afluentes do Tietê sabe que ele carrega mais que o lixo industrial. Naõ é essa questão mais urgente que o clima? Sem falar da poluição do solo, do assoreamento dos rios ou ainda outros problemas de ordem socioambientais, como a desigualdade, a fome a prostituição e a exploração do trabalho infantil?

É hora de ampliar os conhecimentos. De questionar. Até parece aquela propaganda daquele jornal que tem como um de seus colunistas o presidente do senado!

Ah, foi censurado por ele! Havia me esquecido!

Para ler o último artigo de Rui Moura, acesse o link a seguir:

terça-feira, 28 de julho de 2009

A galeria de todos!


De reconhecimento nacional e internacional, a Galeria do Rock é o ponto de encontro da diversidade




Localizada no centro da cidade de São Paulo, mais precisamente na Rua 24 de maio, Largo do Paissandu, com entrada também na Avenida São João, a Galeria do Rock é um referencial para todo o tipo de público que admira o cenário musical alheio ao que os meios de comunicação de massa proporcionam. Isso ocorre devido ao fato do local receber pessoas que possuem ideologias e estilos de vida diferentes da grande maioria da população da metrópole.

Com uma estrutura de cinco andares, as lojas do estabelecimento estão distribuídas conforme as mais variadas tribos freqüentadoras do local. Por exemplo, no segundo andar se encontra mais produtos ligados ao pessoal do heavy-metal, ou seja, os metaleiros são os principais usuários do espaço. Enquanto que no quinto andar, os emos encontram seu “habitat natural” através da presença de lojas com roupas e artigos coloridos.

Na galeria também é possível encontrar lojas de CD’s e disco de vinil – que se especializam em divulgar peças raras da música que dificilmente se encontram em outros estabelecimentos –; estúdios de piercing e tatuagem; lojas de artigos esportivos e cabeleireiros. Até mesmo um sex-shop faz parte do contexto da Galeria do Rock.

O início

No final da década de 60, o Brasil sofria uma forte influência cultural européia que atingiu, em especial, a cidade de São Paulo. Desse modo, parte da população com maior poder financeiro se vestia da mesma maneira que os cidadãos do velho continente. Mas a principal característica que os brasileiros trouxeram foram novas tendências e estilos musicais como os Beatles, que estavam no auge de seu sucesso. De certo modo podemos dizer que esses “europeus” foram responsáveis por nos apresentar artistas de vanguarda que até então eram desconhecidos para o público brasileiro. Foi precisamente nesse contexto que surgiu sob a alcunha de Shopping Center Grandes Galerias, a Galeria do Rock.

Já no começo dos anos 70, com a explosão da disco-music, funk e soul-music, a influência norte-americana tomou conta da população paulistana. Foi a época em que as calças jeans boca-de-sino e o cabelo Black-power conquistaram os jovens que estavam sob a influencia de artistas como James Brown e Tim Maia, artista brasileiro que foi fortemente influenciado pela musicalidade yankee. Devido a essa forte influência da cultura americana, os militares, que governavam o país, não viam esse movimento com bons olhos, pois acreditavam que era uma maneira de fazer com que os jovens da época tivessem livre arbítrio para se expressarem, através de suas roupas e estilos musicais que gostavam.

A década de 80 foi considerada pelos historiadores como a “década perdida” devido aos problemas políticos, econômicos e sociais enfrentados pelo país. Na política, ocorria o fim do regime militar, que perdurava desde 1964; no contexto econômico, a crise de petróleo e o aumento da dívida externa fizeram com que o Brasil passasse por uma forte recessão, afetando ferozmente o salário do brasileiro. Esses acontecimentos acarretaram no boom das drogas e no “desnorteamento” dos jovens, que viam a Galeria do Rock como um local para fugirem da realidade em que se encontravam. Assim, as confusões e o tráfico de drogas ganharam espaço ao tomar conta do prédio.

Por causa dessas confusões, os lojistas perceberam que o estabelecimento não era propício para o comércio e começaram a abandonar o local ao verem que a vida deles corria risco. Graças a esses acontecimentos, começou a ocorrer uma degradação do ambiente, transformando-o em ponto de encontro de usuários e traficantes de drogas. Mas o pior é que a administração do lugar não tomou providências para reverter este quadro, o que manchou a imagem e a reputação da Galeria do Rock.

Novos ares

Uma reformulação em diversos sentidos ocorreu há 15 anos atrás. Em 1993, houve mudanças na coordenação da galeria. Isto ocorreu devido a várias reclamações sobre a estrutura do local que punha em risco a segurança de seus freqüentadores. Percebendo estes problemas, Antônio de Souza Neto (Toninho da Galeria), que era freqüentador assíduo do local entrou na justiça e ganhou os direitos de assumir a administração da Galeria do Rock.

Toninho, 57 anos, que já trabalhou como jornalista, sociólogo e psicólogo é amante do rock n’ roll e da cidade de São Paulo. Foram precisamente essas paixões que o motivaram a enfrentar os problemas e dificuldades impostas no início de sua administração, ao realizar iniciativas que mudariam aquela imagem decadente de anos anteriores. “Na primeira semana fizemos alguns eventos, com apresentações de bandas alternativas e desfiles de moda”, informa.

Em relação ao aspecto comercial, Toninho incentivou a vinda de novos lojistas após contratar uma empresa terceirizada para fazer a segurança do local, acabando com a violência que ocorria em anos anteriores. Outra medida foi à diminuição do valor do condomínio. Após essas medidas, o atual síndico começou a trabalhar com a divulgação do estabelecimento ao por em prática seu lado jornalístico. Para isso enviou press-releases para os meios de comunicação e bandas que através de um conjunto de normas o ajudaram a reerguer o lugar.

Com a nova administração já consolidada, o público, não apenas do rock, viu que aquele espaço não era o mesmo dos anos anteriores. Ao perceber isso, Toninho manteve o nome Galeria do Rock, porém não desprezou as outras tribos, como a dos rappers, góticos, emos e skatistas. Vendo a oportunidade de trazer novos nichos, o surgimento de novas lojas foi incentivado pelos administradores. Com isso o local transformou-se em um pólo multi-cultural. “Por conta das mudanças ocorridas, as 150 lojas existentes estão ocupadas, tendo grande fila de espera para ocupação”, explica Toninho.

Pondo o aspecto comercial de lado, a galeria também tem um importante papel antropológico por conta de sua democratização que permite o convívio e a reunião de pessoas com as mais variadas ideologias. Lá, muitos jovens encontram-se não apenas para comprar roupas ou CDs de seus artistas prediletos, mas também para botar a conversa em dia, e quem sabe até descolar uma paquera. “Hoje a Galeria representa uma fase de transição para muitos jovens que acabaram de deixar a infância”, resume.

Essa democratização fez com que o estabelecimento, antes esquecido pela sociedade, ganhasse fama nacional e internacional. Bandas como Capital Inicial, Ramones e Iron Maiden (ver box) já prestigiaram o local, o que acabou por “massagear o ego” dos lojistas, pois estes se sentem orgulhosos ao dizerem que trabalham na Galeria do Rock. Com isso o local é hoje um espaço turístico, visto que pessoas de outros estados brasileiros e de outros continentes consideram a Galeria do Rock como sendo parada obrigatória em visitas a São Paulo.

Hoje com o seu reconhecimento, a atenção dada pela mídia é grande, visto que são feitas diversas matérias e até programas televisivos no estabelecimento. Temos como exemplo as reportagens feitas por grandes veículos brasileiros, como a revista Veja, e os jornais Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo que colocaram a galeria como um expoente cultural da cidade.

Comércio

Primeiramente deve-se ressaltar que não existe um padrão definido pela administração para que as lojas possam abrir suas portas. Lá encontramos lojas de médio porte, e outras que possuem a aparência de serem de bairro. Fato é que a diversidade do local ajuda os comerciantes, que vivem muito por conta da fidelidade de seus respectivos freqüentadores.

Perante os proprietários dos estabelecimentos há um consenso entre ambos: o respeito. Apesar da concorrência, os lojistas são unânimes ao afirmarem que nunca presenciaram nenhuma confusão ou alguma espécie de atrito com os companheiros de profissão. Pelo contrário, existe até mesmo um companheirismo entre eles que ajudam uns aos outros em questões como a falta de materiais.

Já acerca dos produtos, o visitante encontrará diversas camisetas, CDs, calçados e acessórios que representam o estilo e ideologia de cada tribo. Os emos, por exemplo, encontram na loja de Tatiana Vieira, 28, apetrechos e roupas coloridas que agrada também, segundo a proprietária, o público feminino em geral. “Nós nos adaptamos ao público que a freqüenta, mas não criamos problemas com outras tribos que resolvem nos visitar”.

Já pro pessoal do Hip-Hop, o térreo da galeria é repleto de lojas que são especializadas não só em roupas, mas também em objetos como bolas de basquete e uniformes de times da NBA. Além de esportes tradicionais como o basquete, os amantes da adrenalina, como os skatistas, encontra equipamentos, como pranchas, cotoveleiras, joelheiras e até mesmo rolamentos que são difíceis de serem encontrados.

“A vendagem normalmente é boa, mas há épocas em que há uma queda na demanda”, comenta a vendedora Daisy Amorim, 25, da loja Mr. Rap. Esse é mais um dos consensos entre os vendedores, na maioria satisfeitos com os números de vendagens, bem como com a relação com os consumidores.

Existem algumas lojas que lucram ainda mais com produtos fabricados de sua própria marca, como a “Consulado do Rock”, do proprietário Mauro Sinzato, 46. “Temos uma fábrica em São Paulo e distribuímos os nossos produtos para outras cidades do Brasil e do mundo. E ainda somos parceiros de organizadores de eventos”, comenta Sinzato, que tem permissão para comercializar os produtos licenciados de shows de bandas nacionais e internacionais.

Um fato curioso que há nas lojas da Galeria do Rock é a identificação dos donos e vendedores com o ambiente e estilo da tribo a qual pertence o empreendimento. Normalmente são pessoas que entendem e conhecem a ideologia de seus consumidores, e por isso possuem facilidade na hora de vender um determinado produto específico.

Além das lojas especializadas em roupas e acessórios para determinadas tribos, há também estúdios que fazem piercings e tatuagens. Essas lojas conseguem abranger praticamente todas as tribos. “O público é variado, não se restringindo a um determinado grupo. Porém a procura por nossos serviços é maior pelos jovens, que variam entre 16 a 20 anos”, explica Erick Torres, 20. O piercer (profissional da área) ainda lembra que seus serviços são cada dia mais requisitado por conta da diminuição do preconceito.

Tribos urbanas

Como dito anteriormente, a inclusão de outras lojas na Galeria do Rock atraiu um novo público que se sentiu acolhido pelo espaço, que por sua vez está amparado por um sistema de segurança que trata todas as tribos de maneira igual. Por conta disso, a maioria dos freqüentadores sente-se no “quintal de suas casas”. Isto ocorre porque há um clima de respeito ao próximo, independente do estilo musical que ele curte.

Percebe-se esse respeito pela baixa ocorrência de ataques preconceituosos nas dependências da Galeria do Rock. “Eu nunca sofri preconceito dentro da galeria quanto ao meu gosto musical, mas fora daqui sim”, diz Aline Ribeiro, 14, que se assume pertencente ao estilo emo. Em algumas situações, se presencia um diálogo entre pessoas de grupos distintos, como o gótico e o rapper.

Para o gótico Lucas Martins, 18, a Galeria do Rock é um lugar perfeito por causa da democratização que o lugar sofreu nos últimos anos. “Freqüento há seis anos a galeria e visito também lojas não dedicadas ao gótico, apenas por curiosidade”, comenta. Isso também acontece com o estudante Rubens Eduardo, 21, adepto do estilo hip-hop, que estava acompanhado de sua namorada. Ele diz que também visita algumas lojas ligadas a outras tendências. “Já fui numa loja que vende camisetas de rock e até comprei uma para dar de presente ao meu irmão”.

Mas pelo fato do espaço receber uma grande quantidade de tribos urbanas, pessoas não informadas acabam por confundir os estilos dos visitantes. Temos como exemplo a generalização que alguns fazem daqueles que possuem franjas. “Venho poucas vezes aqui na Galeria do Rock, mas quando apareço, sou sempre confundido com um emo por causa da minha franja. Mas não sou nada disso!”, explica Danilo Augusto, 18, que curte um estilo mais alternativo, sem rotulação.

A Galeria do Rock não é apenas um local para quem tem ligação com a música. Diversos consumidores, que não possuem nenhum estilo específico freqüentam o empreendimento apenas para a compra de alguns produtos, como no caso de Nilson Domingues, 32, que trabalha com manutenção de elevadores. “Vou de vez em quando à galeria para comprar uma roupa ou um tênis. É bem melhor comprar por lá porque além de ter um fácil acesso ao produto, os preços não são tão altos que nem nos shoppings”, comenta Domingues. Ou seja, qualquer um pode visitar o local, afinal, a galeria é para todos.


Por Albino Junior, Lucidio Neto e Gustavo Oliveira

sábado, 25 de julho de 2009

Expansão São Paulo é uma ilusão!

Por Alex de Souza

Há algumas semanas, no início deste blog, a amiga Renata esbravejou por causa da situação caótica do trânsito em São Paulo.

Foto: pslumiar.blogs.sapo.pt
Bem, já faz algum tempo, mas vivi por pouco tempo em Lisboa, Portugal. Lá, diferentemente daqui, o transporte é encarado como um dever do Estado. Tanto é verdade que parte dos custos de transporte são subsidiados por ele.


Foto: tvi24.iol.pt
E quem pensa que, por estar na Europa e fazer parte da comunidade, o país nada em rios de dinheiro, afirmo que está enganado. A diferença é que o Estado pensa um pouquinho mais nos seus, o que faz uma enorme diferença. Bem, vamos aos números.


Dados físicos

Lisboa tem pouco menos de 500 mil habitantes (metade da população de Campinas), mas em uma área de 84 km². Entretanto, possui 40 quilômetros (ou quilómetros, como diriam os gajos alfacinhas) de linhas de metro com 46 estações (lá não é metrô, é metro mesmo, como a fita métrica). Isso mesmo! E são 64 quilômetros de linhas de comboios (trens, mas pronuncia-se o primeiro "O" de modo aberto: "combóios") na região metropolitana da capital.
São dados crus, frios. Entretanto, já mostram a dimensão da diferença. O Estado de São Paulo, segundo informações oficiais, possui 60 quilômetros de metrô e 240 de linhas de trem. São Paulo é 20 vezes maior que a população lisboeta, mas se compararmos as duas regiões metropolitanas, são 25 milhões aqui para 3 milhões de habitantes lá.

Adimito que o desafio é muito maior aqui, mas isso não pode servir de desculpas para nós. Para ninguém dizer que estamos a bater em bêbado, vou comentar, e bem rapidinho que é para não dar mais vergonha, que Nova Iorque, com a qual os paulistanos adoram fazer comparações, tem apenas:

1142 quilômetros de metrô. E quase 500 estações. Nem vou procurar saber sobre os demais meios. That's really a shame for us!

Valor do transporte

Para sair de um bairro de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, para trabalhar na capital, caso tenha de tomar apenas o trem, o trabalhador gastará cerca de R$ 110,00 dependendo do número de dias trabalhados. Caso tenha de tomar ônibus, a conta aumenta. Não gastará menos que R$ 130,00, em média.
O contribuinte ou o seu empregador é quem paga pelo custo, sendo que boa parte do valor fica com as empresas privadas, no caso dos ônibus.

Foto: pestinha94.blogs.sapo.pt
Em Lisboa, há um sistema interessantíssimo. No início de cada mês, o usuário de transporte que possui uma carteirinha pode comprar o passe. Isso só pode ser feito no primeiros 10 dias de cada mês, quando o passageiro que só circula em Lisboa compra o passe L, por 30 euros e circula livremente em todos os meios de transporte: Autocarros (ônibus), Electros (bondes), Comboios (trens) e no Metro.

Em alguns casos, paga-se mais por um trecho maior, mas as tarifas mais caras são de cerca de 70 euros. E você pode usar: QUANTAS VEZES FOR NECESSÁRIO!!!
Repetindo: QUANTAS VEZES FOR NECESSÁRIO!!!
Caso opte pelos outros passes (L1, L12 ou L123) o preço aumenta, bem como o raio de abrangência das viagens a que o cidadão tem direito.

Muito bom o sistema brasileiro, não?!
E se engana quem pensa que a qualidade dos serviços dele é inferior. Nada disso. É tudo coisa boa. Os autocarros possuem piso baixo, pois pensam em seus idosos. Aqui, o idoso tem de escalar, literalmente, as escadas dos nossos "busões" que são tão bons, não é senhores tucanos e demonicráticos?

También los hemanos están mejores que nosotros

Mesmo na Argentina, o transporte é mais barato e funcional (tudo bem que são velhos os meios, mas são baratíssimos). Para o trabalhador, preço ainda vem antes de qualidade.

É por essas e por outras que o candidato à presidência da república que adora privatizar tudo (por que não vende a mãe?!) não deve mentir de modo descarado e pensar que nós somos trouxas. Não existe expansão, a não ser no bolso de alguns!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Para "CULTURAR".

Por Clarisse Colombo

Essa é uma dica pra quem gosta de uma cultura "pegada" mesmo, ou seja, um dos tipos mais antigos de cultura: o teatro. Acontece hoje, às 21:30 no Teatro Raul Cortez a peça: "As Centenárias", com Marieta Severo e Andréa Beltrão. Eu, particularmente, ainda não fui assistir, mas já estou me programando, pois as apresentações ocorrem de sexta à domingo até o dia 09 de agosto.

Outro filme que quero muito assistir, porque, digamos, sou fã assumida (hehe) é o "Harry Potter e o Enigma do Príncipe". Estava vendo aqui no Guia da Folha de SP que no IMAX as cenas são em 3D. Nossa, deve ser muito bacana!... Pena que na vez que fui tentar assisitir os ingressos tinham se esgotado e a fila tava maior que uma sucuri de 40 metros!!!!! Acho que na minha próxima tentativa eu vou antecipar as entradas pelo site. Ou, quem sabe, uma alma muito caridosa leia este post e me dê um ingressinho de "present"!

Engole o choro e sacode a poeira

Por Renata Bernardino

Lembro-me de ter visto em algum filme, cujo título não me recordo, um diálogo mais ou menos assim “Qual tempo é agora? Agora! Só existe o agora. Quando é agora? É este momento.” Parece um ditado chinês que afirma só existir o presente. O passado foi o presente de ontem, mas acabou e o futuro será o presente de amanhã, portanto só existe o hoje. Em pleno inferno astral tive um estalo “estou mais perto dos trinta do que dos vinte”, e quantos “hojes” eu desperdicei por insegurança, medo, complexo de avestruz, lamentações, entre outros.

Qualquer ser humano normal, se é que isso existe, precisa de um tempo para organizar seu interior. Se estruturar. Como dizem “depois do vendaval sempre vem a calmaria”. Fato incontestável! O problema é o valor que damos às tempestades. Hoje eu resolvi abusar dos ditados populares para exemplificar minhas ideias, como: “só fazem com a gente aquilo que permitimos”. Não resumo isso em relação do reflexo dos atos alheios, mas, principalmente, no que diz respeito ao que fazemos há nós mesmo. Você está triste? Chato isso, mas saiba que a culpa é só sua.

São expectativas, atos desenfreados, tudo o quê fazemos estrategicamente planejado ou impulsivamente, não importa, vai ter uma consequencia. “Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é”, nesse caminho de encontro com o “EU” interior começamos a observar nossas falhas, virtudes, vícios, como nos sabotamos, não dá para descrever tudo. Nesse pique que vemos como o “EU” é responsável por tudo!

Se alguém me magoa, a culpa é só minha de ter esperado algo daquela pessoa. Estou longe do modelo “olha só, sei dominar todas as minhas emoções e nada me abala”. Passei a adotar uma nova postura diante do mundo “engolir o choro, pois a culpa é só minha, sacudir a poeira, pois o agora acaba rápido demais”. É como nos livros de auto ajuda, o que é bom pra mim pode não ser para você, mas sempre temos outras opiniões com outros primas, absorvemos o que nos é valido.

E carpe diem.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Grande Preocupação

Hoje eu vou falar o que eu tenho percebido.
Mas sei quando acabar você já vai ter esquecido.
Por que a nossa memória cabe só o que interessa.
Tem Maria tem Glória, mas a ordem não é essa.

Tem a tal de violência, mas é só no seriado.
Tenho a alarme, grade e um pastor alemão.
Mas sinceramente voto em libertar os condenados.
E mudar pra segurança da prisão.

Li sobre um policial morto semana passada.
Saiu a nota no jornal. A causa não revelada.
Eu já nem me admiro porque sei da verdade.
Morreu de tiro? Não. De honestidade.

Sua esposa é professora e ta aprendendo a lição.
Já ta usando a vassoura em sua nova profissão.
Ela não come todo dia, mas comprou televisão.
Viva as Casa Bahia felicidade em prestação.

Policia desmonta um grande esquema de corrupção.
Criança atingida por bala perdida na operação.
Mas a Grande Preocupação.
Foi que levou a taça da segunda divisão. (Vai lá Timão)
Dinheiro roubado, imposto aumentado e a gente a cantar. (Lalaiálaiá)
Mendigo encontrado intoxicado por lixo hospitalar.
Mas a Grande Preocupação.
Foi quem se virou no 30 no domingo do Faustão. (No domingão)

Pele branca, grana preta, adolescente revoltado.
Se acha excluído por não ser discriminado.
Sonha em fazer Dread, ser pobre e favelado.
Vende drogas, usa gírias, fala bem, melhor calado.

Enquanto acha bonitinho ser ladrão.
Seu pai faz vasectomia e a mãe lipoaspiração.
Mas povo alegre só enxerga a solução.
A gente desce na boquinha da garrafa até o...

Brasileiro é alegre, Brasileiro tem gingado.
A família toda espera que ele seja advogado.
Na primeira oportunidade vai pro exterior.
É o melhor dos manobristas, tem diploma de doutor.

Mas tu viu o noticiário que horror?
Dado Dolabela na carreira de cantor.
Ronaldinho engordou e ainda está na seleção.
Sandy e Júnior anunciam sua separação.

Nosso povo é bem tratado a pão e circo e novela.
Eu acredito no senado, acredito em Cinderela.
Mas se o circo não tem dono é só leão que come?
Então tem pizza rolando enquanto o povo passa fome?

Hoje mesmo eu sonhei que era deputado.
Terça e Quinta trabalhei, depois fiz feriado.
Suas regras decido, minhas leis eu mesmo invento.
Então tá bom, tá resolvido, vou me dar mais um aumento.

Quanta coisa acontecendo, ninguém sabe, ninguém viu.
Olha o Lula recebendo o Papa no Brasil.
Meu cumpadi, meu amigo, venha cá me dar um abraço.
Faça tudo o que digo, mas disfarça o que eu faço.

Quem transar de camisinha vai ouvir um sermão.
Mas pra benzer um coroinha a gente abre uma exceção.
Então esquece o pecado, o Romário já fez mil.
Nesse país de Pelados o costureiro é o Clodovil.

Por: Thiago Corrêa & Allan Dia
Site: www.thiagocorrea.com

terça-feira, 21 de julho de 2009

Eba, existe o ebaH!



Orkut, Facebook, Plaxo e outras redes sociais surgiram a partir da necessidade de os usuários não perderem seus contatos (pessoais e profissionais) e, assim, trocar informações em tempo real (além da postagem de fotos e outros serviços). Foi com essa linha de pensamento que, há quase três anos, foi criado o ebaH. Dois universitários da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, cansados de gastar dinheiro e tempo no xérox da faculdade, tiveram a ideia de disponibilizar os conteúdos de sala de aula na internet.


Em suma, a proposta deste site de relacionamentos é agregar em um único lugar quem já fez ou ainda faz parte do corpo acadêmico das milhares de faculdades espalhadas em nosso País ou do exterior. E, o maior objetivo do ebaH é a troca e o compartilhamento de informações e arquivos entre alunos e professores do ensino superior.


O site disponibiliza um cadastro onde o usuário passa a ser membro da rede social e pode participar de fóruns, comunidades, compartilhamento de materiais e se atualizar sobre o que acontece dentro do campo acadêmico. Além de possuir um blog, uma comunidade no Orkut e estar disponível no Twitter. Abaixo estão os links para você já começar a fazer parte: