quarta-feira, 15 de julho de 2009

Do Bauhaus ao Kitsch

Por Renata Bernardino

Saudações!
Você já viu alguma cadeira parecida com essas?
Aposto que sim!
Modernas, confortáveis e lindas. Se disser que esses modelos foram projetados há mais de dez anos vocês vão acreditar? E se eu contar que modelos assim já existiam há mais de cinquenta anos? Pois bem, podem fechar a boca que é verdade. Em 1935 surgiu a escola Bauhaus, que tinha por principio criar objetos funcionais, o oposto dos Kitsch´s. O design sempre foi conhecido por ser moderno e de acordo com a função do objeto em si. Beleza, modernidade e funcionalismo!

Também foi no século passado a ascensão do Kitsch, termo alemão que se aproxima ao nosso conceito de cafona. Com a revolução industrial os produtos começaram a ser mais acessíveis. Pessoas que sempre sonharam em comprar uma geladeira conseguiram comprá-las. Para o eletrodoméstico ser notado, surgiram os “pinguins de geladeira”. O enfeite era mostrado, mas no fundo a intenção era fazer notar a geladeira. O exemplo mor do Kitsch atual são os “chaveirinhos de celular”. As pessoas chegam a pendurar bichos de pelúcia, que falam “I Love you” enquanto piscam, maiores do que o próprio aparelho.

Na vida pós moderna convivemos com milhares de invenções. Elas tentam se mostrar inovadoras: imprime, copia, scaneia, funciona como faz, xeroca...só falta chupar cana. Esses produtos, além de Kitsch´s não tem nada de Bauhaus. Não são práticos e funcionais, são frágeis. Pior que eles são os comerciais “as primeiras dez pessoas que ligarem ganham 20% de desconto, mas não é só isso, você leva inteiramente de grátis um...e aproveite a oportunidade de levar o...por metade do preço”, repetem trinta vezes a informação! Você liga pro Poli Shop, compra qualquer quinquilharia, usa três ou quatro vezes e depois deixa para as aranhas morarem.

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